sábado, 23 de maio de 2015

Quando adotamos um cão devemos mudar-lhe o nome?

Esta é uma pergunta que me tem passado pela cabeça ultimamente. Embora já tenha adotado o meu patudo há mais de 5 anos… e não lhe mudei o nome. Achei que era o nome dele e que devia continuar com ele. 

A razão deve-se ao que vi, na semana passada, no programa “Companheiros de Luta” (Dogs of War). Nesse episódio reparei que nos casos de adoção apresentados disseram que a primeira coisa a fazer era pensar num nome novo para o cão adotado. 

Comecei a pensar se tinha tomado a opção certa ao manter o nome do meu cão...

Ele tem medo de pessoas, de coisas diferentes, de certos barulhos repentinos, etc. Não sabemos o que lhe terá acontecido antes de ter sido adotado que possa ter contribuído para o seu comportamento. O facto é que é medroso e reativo. No entanto, na segurança da sua casa e da sua “família para sempre” é um cão mais confiante, relaxado, brincalhão e meigo.

Lembrei-me dos primeiros tempos dele comigo, quando eu o chamava pelo nome e, em vez de vir ter comigo, agachava-se onde estava. Lembrei-me das alturas em que o chamava e ele não vinha prontamente ou vinha muito lentamente.

Teve de passar algum tempo connosco e muitos biscoitos saborosos à mistura para deixar de se agachar quando o chamávamos, passando a vir ter connosco todo contente. Confia em nós e sabe que só lhe queremos bem.

No entanto, hoje percebo claramente que o nome dele estava associado a algum tipo de carga negativa (a chamada “bagagem”) e que a minha opção em manter-lhe o nome não foi a mais acertada. Teria sido muito mais fácil para ele, e para nós, um novo começo de vida com um novo nome a acompanhar. 

Da próxima vez que adotar um cão, a primeira coisa que vou fazer é pôr-lhe um novo nome fantástico que não o faça recordar de mais nada, a não ser de tempos felizes.

Algumas razões para um cão não responder ao seu nome:
- o nome não foi ensinado ao cão;
- o cão aprendeu que ouvir o seu nome significa que ele está em sarilhos;
- o nome foi usado tantas vezes por motivo nenhum que o cão aprendeu a ignorá-lo.


quinta-feira, 7 de maio de 2015

Brinquedos para cães: nem todos são seguros!

Depois de fazer algumas pesquisas na internet resolvi encomendar um brinquedo de borracha com um formato específico que permite colocar comida no seu interior, de forma a possibilitar alguma estimulação mental ao meu cão.

O dia chegou e abri a embalagem com algum entusiasmo para imediatamente fazer uma careta quando o agressivo e penetrante odor do brinquedo me atingiu. Decidi logo que nem pensar em dar um brinquedo com aquele cheiro horrível para o meu cão meter boca.


Pensei que se calhar bastavam uns dias fora da caixa ao sol para perder aquele cheirete. Já passou 1 ano fora da caixa e o cheiro continua exatamente o mesmo! É um cheiro pungente a produtos químicos que não consigo definir.

Comecei então a encontrar artigos que falam dos problemas que certos brinquedos podem causar aos animais.

Brinquedos feitos de PVC (polyvinyl chloride)/ plástico e certos brinquedos de borracha contém aditivos que permitem torná-los mais suaves e flexíveis, e facilitar a sua coloração. Por exemplo, os ftalatos são produtos químicos que dão o cheiro característico ao PVC, assim, quanto mais forte for o cheiro do brinquedo, maior a quantidade de ftalatos que contem.
Molécula de ftalato (Fonte: Wikipedia)
Estes aditivos constituem um risco grave para a saúde dos cães, pois libertam-se mais intensamente em resultado da ação de mastigação (pressão mecânica), em conjunto com a saliva e o calor da boca.
Estes produtos químicos são cancerígenos, causam problemas nos rins e no fígado, alterações hormonais, bem como danos no sistema reprodutivo e sistema imunitário.

Outro risco para os animais é a ingestão de bocados arrancados ao brinquedo, ou do próprio brinquedo, o que pode resultar em bloqueio intestinal e numa visita de urgência ao médico veterinário.

Algo interessante a considerar é que vários tipos de ftalatos usados como aditivos em brinquedos para crianças foram banidos pela União Europeia. No entanto, o mesmo critério não é utilizado para os brinquedos de cães.

Uma chamada de atenção para as camas de cães feitas do mesmo material: os ftalatos são absorvidos por contacto com a pele e inalados pelos animais que dormem nessas camas.

Há muitos tipos de brinquedos que podemos dar aos nossos cães para se entreterem. Para quê arriscar a saúde canina com brinquedos que não são seguros?

Fontes:
The Dangers of Vinyl Dog Toys
Hormone-Altering Chemicals A Common Hazard In Dog Toys
Are Your Dog’s Toys Poisoning Him?
http://www.dogingtonpost.com/are-your-dogs-toys-poisoning-him/