Recentemente, começou a ser utilizada no estudo do comportamento e emoções dos cães uma técnica não invasiva denominada ressonância magnética funcional (“functional MRI”) que se baseia no facto de os neurónios necessitarem de maior fluxo sanguíneo e de oxigénio quando se encontram ativos, o que é detetado na ressonância magnética.
Esta técnica utiliza fortes campos magnéticos (60.000 vezes o campo magnético da Terra) capazes de atrair objetos metálicos, transformando-os em projéteis. Assim como no caso de pacientes humanos, é necessário um especial cuidado para assegurar que não há qualquer tipo de metal nos cães ou humanos presentes na sala. Ademais, como estes aparelhos fazem muito barulho, os cães são treinados a usar proteções nas orelhas, de forma a proteger a sua audição.
Chegou-se assim à conclusão que o cérebro dos cães funciona como o cérebro humano, partilhando as mesmas estruturas básicas e incluindo uma região cerebral associada com as emoções positivas.
Os dados obtidos permitem repensar a aplicação de teorias redutoras e simplistas sobre o comportamento animal e as emoções dos animais, bem como proteger cães e outros animais de abusos.
Citando o Professor Berns:
"But now, by using the MRI to push away the limitations of behaviorism, we can no longer hide from the evidence. Dogs, and probably many other animals (especially our closest primate relatives), seem to have emotions just like us. And this means we must reconsider their treatment as property."
Fonte: Marc Bekoff, Ph.D. in Animal Emotions
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