Um dos maiores legados que o III Congresso Brasileiro de
Bioética e Bem-estar Animal deixa é a
Declaração de Curitiba, que oficializa a posição de seus signatários de que os
animais não humanos não são objetos, mas seres capazes de sentir dor e prazer e
que, por isso, não podem ser tratados como coisas.
A ideia para a redação do documento surgiu durante uma
conversa entre dois especialistas brasileiros e um norte-americano, que avaliavam o conteúdo das discussões
apresentadas no congresso: o neurocientista Philip Low, que idealizou a Declaração de Cambridge sobre
a consciência em animais; a médica veterinária Carla Molento; e o advogado Daniel
Braga Lourenço. Os três chegaram à conclusão de que o congresso deveria produzir
uma declaração e juntos escreveram a Declaração de Curitiba:
“Nós concluímos que
os animais não humanos não são objetos. Eles são seres sencientes.
Consequentemente, não devem ser tratados como coisas”, Curitiba, 7 de agosto de
2014.
“Fomos muito além das expetativas nestes três dias únicos,
em termos de desenvolvimento científico e de integração, já que a Declaração de
Curitiba terá um potencial muito grande para auxiliar nas ações relativas aos
animais em todas as esferas, sejam elas científicas ou educacionais”, comemorou a Dra. Carla Molento, que integra a
Comissão de Ética, Bioética e Bem-estar Animal, do Conselho Federal de
Medicina Veterinária (CFMV).
Fonte: http://portal.cfmv.gov.br/portal/noticia/index/id/3912.
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